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Mostrando postagens de novembro, 2011

GENTE DE NOSSA TERRA: RITA FELCHAK

                                                                                                ( Nincia Cecilia Ribas Borges Teixeira) Com arte, muita garra e manha, mesmo quando viver de arte em Guarapuava parecia impossível, Rita Felchak nunca desistiu de tornar menos monótona a paisagem da terra de Guairacá. Lembro-me de que quando conheci Rita, ela ensinava a arte do teatro no Colégio Belém, seguida pela sua fiel companheira de arte e de toda uma vida Dody, David era pequeno ainda, mas já acompanhava fascinado as performances da trupe. Com valentia, própria de grandes mulheres, ela ensinou uma geração de Guarapuavanos a admirar o Teatro, além disso valoriza atores locais e mão de obra da cidade em suas grandes produções. Rita, por meio de sua arte, une a História às histórias de sua cidade natal, de sua região, de seu Estado, mas a dramaticidade de seu trabalho evoluiu para a universalização, ou seja, o toque regional transcende os muros da cidade e atinge a sensibilidade

Guarapuava não tem cultura? Quem disse?

Passando pela rua um dia desses , encontrei um amigo. Conversa vai, conversa vem e ele desabafa indignado. “Guarapuava não tem eventos culturais, por exemplo, hoje não temos o que fazer”. A afirmação me deixou angustiado e logo comecei a pensar, mas será? Guarapuava pode até não ter um teatro, não estar no circuito de shows nacionais dos popstars , mas convenhamos, a cidade está cheia de artistas, eventos e pessoas interessadas em produzir arte. Este mês foi um exemplo disso. Tivemos o I Festival Cênico “Guarapuava ab re as cortinas” organizado pelo artista Jones Guerra e realizado de 4 a 9 de novembro. O evento contou com o apoio do Sesc e reuniu grupos teatrais, companhias de dança e varias apresentações gratuitas. Jones destacou o evento como um marco para que aconteça mais festivais. “Tive muito apoio, faltou gente, público, mas tivemos apoio dos artistas, colégios, meios de comunicação, que seja o começo de muitos festivais ” afirmou o ator. A última mostra neste ano d

Gente da Nossa Terra: cena 2- Madalena Nerone

                                                                             ( Por Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira) Guarapuava acolhe pessoas que a escolhem como terra natal por adoção, nesse caso inúmeros guarapuavanos de coração   defendem nossa cidade com as mais variadas armas.   Madalena Nerone, nascida em Rebouças, é exemplo de uma cidadã adotada por nossa cidade. Dona Madalena foi minha professora   de História,   sua paixão pelo conhecimento despertou em muitos de seus alunos o desejo de ir sempre “ além de todas as possibilidades”... Então diretora do Colégio Tupy Pinheiro, fez do microcosmo escolar uma sociedade quase ideal, promovia debates, privilegiava a arte na escola, impunha limites( tão necessários à formação do jovem). Por meio de seu amor à docência demonstrou que é possível ser feliz valorizando a Educação como mola propulsora do progresso da sociedade. Fala-se muito sobre qualidade em Educação, muitas vezes coloca-se a culpa no sistema, Dona Madalena fez d

Música para aproximar

Chico Buarque O que é a música popular hoje? Antigamente, ela carregava ideologias, força, sofrimento, verdades. Por meio dela se reivindicava, ela marcava e contava momentos históricos importantes, impulsionava as pessoas, transparecia pensamentos. Antigamente, a música se sussurrava, mas tinha força. Não andava por aí, mas carregava a sociedade nas palavras, significava pessoas e lugares. A música popular, hoje, se vende, existe a indústria musical, que alimenta a economia. Não há cuidado com o que se prod uz, não há calma e dedicação em procurar produzir algo de extrema qualidade e sofisticação. Hoje há pressa, o mercado tem necessidade de vender, ele faz encomendas e fica cada vez mais raro encontrar em meio aos artistas atuais, arte de verdade. Algo que tenha sido produzido com o coração, sem tempo estipulado, sem encomendas. Graças a Era dig

GENTE DE NOSSA TERRA: CENA 1- GRACITA MARCONDES

Em meio à crise de valores que assola Guarapuava, não podemos acreditar que tudo está perdido. Devemos lembrar de pessoas que lutaram a vida toda em prol da construção de uma Guarapuava promissora. Na recuperação de sociedades em crise, as ações privilegiam a Educação como motor de partida para mudanças. Nesse sentido, as imagens que vêm a minha mente, irremediavelmente, ligam-se às primeiras lições na escola. Lembro-me do brilho nos olhos, no falar contagiante, na segurança no conteúdo a ser ministrado, a postura invejável de alguém que tinha orgulho da profissão, refiro-me à querida mestra Gracita Gruber Marcondes. Professora Gracita, ao narrar com sabedoria contagiante fatos históricos, não podia imaginar que ela mesma produzia a História de Guarapuava, uma História de um povo batalhador, seguindo à risca o mito do cacique Guairacá. Uma mulher atuante numa sociedade totalmente voltada ao aspecto agrícola, Dona Gracita resolveu levantar a bandeira da mulher intelectual. Escreveu vári