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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Obras vestibular Unicentro: Viagem no Espelho-Helena Kolody

Viagem no Espelho, de Helena Kolody, reúne livros publicados pela autora, de 1941 a 1986. Nessa publicação, encontram-se vários poemas que têm como assunto a própria poesia (metapoesia). O tempo constitui "a nota mais relevante da obra“. Obra representativa da poesia breve, portanto, nela, predominam os poemas curtos. Praticante do haikai, forma de poesia japonesa, pequeno poema de três versos, com cinco, sete, e cinco sílabas poéticas sucessivamente. Helena Kolody tem o poder de transformar sua sabedoria de vida em poemas luminosos, ainda que seus temas possam ser densos e mesmo trágicos: o amor, a morte, o tempo, o envelhecimento, a banalização da vida, a tecnologia destrutiva e a falta de fraternidade entre os seres humanos. Helena Kolody é uma das figuras mais importantes das letras paranaenses, embora ainda não haja gravado o seu nome no quadro mais amplo do reconhecimento nacional. Poetisa de atitudes discretas, alheia às autopromoções Pelo tom da voz, pela delicadeza dos

Obras vestibular Unicentro: Jangada de Pedra- José Saramago

Obra publicada em 1986, José Saramago   narra uma série de acontecimentos fantásticos que trata da separação da Península Ibérica que navega à deriva no Atlântico, indo inicialmente em direção aos Açores. Dividida em 23 capítulos, a obra preserva o português lusitano   destacando-se expressões populares típicas de Portugal. O autor se utiliza de períodos e parágrafos muito. Há uma total   eliminação dos sinais de pontuação (usando predominantemente a vírgula e o ponto). O romance se inicia com a narração de alguns casos insólitos: Joana Carda e a vara de negrilho, Joaquim Sassa e o arremesso de uma pedra ao mar, José Anaiço e os estorninhos, Pedro Orce e o tremor da terra e Maria Guavaira e o fio de lã, onde são interligados mais adiante na narrativa. O elemento desencadeador da história está centrado na ação desses cinco personagens que se encontram em locais diferentes, quatro em Portugal e um na Espanha: Em Portugal, com Joana Carda riscando o chão com uma vara de negrilho, Joaqui

Obras do Vestibular Unicentro: Uma amor anarquista- Miguel Sanches Neto

Nincia Cecília Ribas Borges Teixeira  Miguel Sanches Neto é escritor e crítico literário que passou a ser conhecido a partir dos anos 2000, quando se tornou um dos nomes mais representativos da nova literatura brasileira. Nascido em 1965, no interior do Paraná, Sanches Neto é um escritor eclético, que escreveu diversos gêneros. Formado em Letras e professor de Literatura Brasileira na Universidade Estadual de Ponta Grossa, ele também atua como crítico literário no jornal paranaense Gazeta do Povo e na revista Carta Capital. A Obra Um Amor Anarquista é um romance histórico, ou seja, uma obra de literatura que aborda um período da história. A estrutura do romance é permeada por cartas escritas pelo fundador da colônia, o italiano Giovanni Rossi, sobre todos os aspectos relacionados a construção da colônia no Brasil. Em Um Amor Anarquista , Miguel Sanches Neto conta, com incrível capacidade de persuasão, a história de um grupo de imigrantes italianos, que, no final do século XIX, na

Obras vestibular UNICENTRO: O Rei da Vela-Oswald de Andrade

O Rei da Vela , peça de Oswald de Andrade, é uma obra representativa da década de 30. A peça é considerada o primeiro texto modernista para teatro. O texto de Oswald de Andrade trata com enfoque marxista a sociedade decadente, com a linguagem e o humor típicos do modernismo. Escrito a partir de 1933, depois da crise mundial de 1929, da Revolução de 30 e da Revolução Constitucionalista de 32, o texto manifesta a imensa amargura de Oswald, forçado a percorrer infindáveis escritórios de agiotagem para equilibrar-se financeiramente. Esse seu contato forçado com agiotas foi, provavelmente, a causa da caracterização de um agiota como Rei da Vela. O   texto supera a experiência pessoal de Oswald: fornece, sem falsas sutilezas, os mecanismos da engrenagem em que se baseia o esquema socioeconômico do país. Pelo seu caráter pouco convencional, só foi levada a cena trinta anos depois, integrando o movimento tropicalista. Constitui-se num marco para a cultura brasileira, desencadeador do movimento

Obras Vestibular UNICENTRO: O Cortiço- Aluísio Azevedo

Nincia Cecilia Ribas Borges Teixeira O Cortiço foi publicado em 1890, em meio à atividade febril de produção literária a que Aluísio Azevedo se viu obrigado, em seu projeto de profissionalizar-se como escritor. Narrado em 3ª pessoa, a obra tem um narrador onisciente que se situa fora do mundo narrado e/ou descrito. Há um total distanciamento entre o narrador e o mundo ficcional. Há o predomínio na narrativa do discurso indireto livre, o que permite ao autor revelar o pensamento das personagens. A visão do narrador é fatalista pois as camadas populares são vistas como animais condenados ao meio social que habitam, homens fadados a viverem como animais selvagens. O cenário é descrito com ambiente e os caracteres em toda a sua sujeira, podridão e promiscuidade, com uma intenção crítica - mostrar a miséria do proletariado urbano - sem esconder a náusea que o narrador sente diante da realidade que revela, mas posicionando-se de maneira solidária junto ao povo do cortiço: "Sentia-

Obras Vestibular UNICENTRO: O Cortiço- Aluísio Azevedo

Nincia Cecilia Ribas Borges Teixeira O Cortiço foi publicado em 1890, em meio à atividade febril de produção literária a que Aluísio Azevedo se viu obrigado, em seu projeto de profissionalizar-se como escritor. Narrado em 3ª pessoa, a obra tem um narrador onisciente que se situa fora do mundo narrado e/ou descrito. Há um total distanciamento entre o narrador e o mundo ficcional. Há o predomínio na narrativa do discurso indireto livre, o que permite ao autor revelar o pensamento das personagens. A visão do narrador é fatalista pois as camadas populares são vistas como animais condenados ao meio social que habitam, homens fadados a viverem como animais selvagens. O cenário é descrito com ambiente e os caracteres em toda a sua sujeira, podridão e promiscuidade, com uma intenção crítica - mostrar a miséria do proletariado urbano - sem esconder a náusea que o narrador sente diante da realidade que revela, mas posicionando-se de maneira solidária junto ao povo do cortiço: "Sentia-

Obras vestibular UNICENTRO: A Rosa do povo: Carlos Drummond de Andrade

Nincia Cecília Ribas Borges Teixeira Cinquenta e cinco poemas compõem a obra "A Rosa do Povo", que foi escrita por Carlos Drummond de Andrade entre os anos de 1943 e 1945. É o mais longo de seus livros de poemas. O próprio título do poema já traz uma simbologia: uma rosa nasce para o povo, será a poesia para o coletivo? Para tentar saber, vale a pena ler o poema "A flor e a náusea” Poesia da fase "eu menor que o mundo", toma como tema a política, a guerra e o sofrimento  do homem. Desabrocha o "sentimento do mundo", traduzido pela solidão e na impotência do homem, diante de um mundo frio e mecânico, que o reduz a um objeto. obra é a mais extensa de todas as obras de Carlos Drummond de Andrade, composta por 55 poemas. Os versos, geralmente curtos das obras inaugurais, tornam-se mais longos . Há um predomínio do verso livre (métrica irregular) e do verso branco (sem rimas). Embora em seu próprio título haja uma simbologia revolucionária, sem conta