Pular para o conteúdo principal

No Limite da Razão

127 Horas (2010, dir. Danny Boyle) não foi o grande ganhador do Oscar, mas Danny Boyle acertou em cheio nesse filme. Foram as 127 horas mais certeiras de sua vida.
Além da história emocionante, aventureira, surpreendente, empolgante, um diferencial é o enquadramento. Boyle abusou de ângulos diferentes, como, por exemplo, a filmagem de dentro da garrafa de água. As cenas foram perfeitamente montadas e os mínimos detalhes ficam evidentes nas quedas, corredeiras de água e desmoronamentos.

Baseado em uma história real, o filme conta a aventura trágica do alpinista Aron Ralston que, em abril de 2003, colocou sua mochila nas costas e partiu sozinho para explorar uma área montanhosa no deserto de Utah (nos Estados Unidos). Acostumado a praticar esportes radicais, ele não poderia imaginar que um deslizamento o deixaria cinco dias com o braço preso embaixo de uma rocha. Uma atuação excelente de James Franco, que faz o espectador se colocar no lugar do personagem e compartilhar seus sentimentos e aflições.
Além disso, Boyle utiliza no filme mudanças repentinas de zoom, cortes rápidos, jogadas de câmera e recursos sonoros que retratam a dor e a intensidade do personagem.
127 horas é uma bela história de superação, que agrada e comove até mesmo aqueles que conhecem o angustiante desfecho. O filme nos faz refletir sobre a importância da vida e entender que somos capazes de vencer todos os obstáculos. Basta querer....

Ficha Técnica
Título original:127 Hours
Gênero:Drama
Duração: 93 min
Ano de lançamento: 2010
Estúdio: Pathé | Cloud Eight Films | Everest Entertainment | Darlow Smithson Productions
Distribuidora: Fox Searchlight Pictures (EUA) |
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Danny Boyle e Simon Beaufoy, baseados em livro de Aron Ralston
Produção: Danny Boyle, Christian Colson e John Smithson
Música: A. R. Rahman
Fotografia: Enrique Chediak e Anthony Dod Mantle
Direção de arte: Christopher R. DeMuri
Figurino: Suttirat Larlarb
Edição: Jon Harris

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RESUMO DA OBRA "VÁRIAS HISTÓRIAS", DE MACHADO DE ASSIS

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de família pobre e mulato, sofreu preconceito, e  perdeu a mãe na infância, sendo criado pela madrasta. Apesar das adversidades, conseguiu se instruir. Em 1856 entrou como aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional. Posteriormente atuou como revisor, colaborou com várias revistas e jornais, e trabalhou como funcionário público. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Algumas de suas obras são Memórias Póstumas de Brás Cubas , Quincas Borba , O Alienista , Helena , Dom Casmurro e Memorial de Aires . Faleceu em 29 de setembro de 1908. Contexto Histórico Várias histórias foi publicado em 1896, fazendo parte do período realista de Machado de Assis. Os contos da obra são profundamente marcados pela análise psicológica das personagens, além da erudição e intertextualidade que transparecem, como por ex., referências à música clássica, a clássicos da literatura, bem c

Pintores Paranaenses

A partir do século XIX, a pintura passou a se desenvolver no Paraná, incentivada por pintores como o imigrante norueguês Alfredo Andersen, e Guido Viaro, o segundo vindo da Itália. Ambos dedicaram-se ao ensino das artes visuais, além de pintarem suas obras inspiradas principalmente nas paisagens e temas do cotidiano paranaense. Responsáveis também pela formação de novas gerações de artistas no estado, como o exemplo de Lange Morretes, Gustavo Kopp e Theodoro de Bona, todos nascidos no Paraná. Alfredo Andersen, apesar de norueguês, viveu muitos anos em Curitiba e Paranaguá, e ainda hoje é tipo como o pai da pintura paranaense. Foi ele o primeiro artista plástico atuar profissionalmente e a incentivar o ensino das artes puras no estado. Ele se envolveu de forma muito intensa com a sociedade paranaense da época em que viveu, registrando sua história e cultura. Rogério Dias, outro grande exemplo, sempre foi autodidata, sua trajetória artística tem sido uma soma de anos de paciente

“Esta terra tem dono!”

Do alto, o Cacique Guairacá observa a cidade. Imortalizado em bronze, junto ao seu lobo, ele vigia os moradores e dá boas vindas aos visitantes. Sem dúvida ele é o símbolo de Guarapuava, que traz suas raízes indígenas estampadas até no nome. Uma das vertentes históricas, afirma que o Cacique Guairacá, viveu por estas terras em meados do século XVII. Nessa época, o tratado de Tordesilhas dividia a América do Sul ao meio (ou nem tanto) e Guarapuava se situava em terras espanholas. E como toda grande colonização desta época, havia a opressão indígena – seja a escravização por armas ou pela catequização, tiveram sua cultura esmagada pelo cristianismo europeu.  E também como no Brasil inteiro, houve resistência por parte dos índios. Mas ao contrário do resto da América, aqui tinha o Cacique Guairacá, que complicou muito a vida dos colonizadores.  Armado com lanças e arco e flecha, ele comandou embates aos berros de “CO IVI OGUERECO YARA!” (ou “Esta terra tem dono”). E o