O que significa a expectativa acerca da ocupação por mulheres de cargos importantes no governo brasileiro? Será a maior sensibilidade? Nós temos o poder da visão para casos de necessidade pública e o poder de ajudar as causas dos mais fracos e dos oprimidos?
Quando pudemos e escolhemos o nosso primeiro representante, em tese isso tudo já era de se esperar dele (homem). O que acontece é que historicamente vemos escândalos, injustiça, falta de comprometimento e impunidade na política dos homens (gênero), talvez toda essa ética e moral supostamente impregnadas no gênero mulher-política venha de uma lembrança de tempos de caminhada e lutas por direitos de liberdade e igualdade femininas.
Hoje dentro do Palácio, além da chegada de Gleisi e Ideli a dois dos mais poderosos postos do governo, temos mulheres para Comunicação Social, de Direitos Humanos, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Cultura e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Mas o importante não é o fato de termos mulheres ocupando esses cargos, o fato de serem de um gênero ou outro não significa que sua gestão será munido de ética e moral, isso remete à outras questões que também não envolvem gênero.
A vantagem é que isso demonstra um avanço na democracia no país, com menos de 80 anos da conquista do direito de voto feminino, já mudamos o quadro político e temos todas essas representantes.
A esperança de que teremos um Brasil melhor baseado no fato de que mulheres no comando tenderão à políticas de apoio às dificuldades e carências que temos é muito interessante se aliada a uma força de cobrança.
Não devemos colocar nenhum representante no governo com o pensamento de que a partir disso o país está em boas mãos e poderemos confiar cegamente. Mais que uma definição de gênero ocupando os comandos de um país, ele precisa de pessoas que sejam avaliadas em grau de acerto de decisões e comportamento ético.
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