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Onde foi parar o nosso gingado?

Pense na palavra BRASIL e diga-me, de imediato, quais são as três primeiras palavras que surgem na sua cabeça. Sou capaz de apostar que pelo menos duas são CARNAVAL e FUTEBOL. Mas não, não tenho a pretensão de generalizações muito menos senso comum. O problema aparece justamente por que isso, aos olhos do resto do mundo, é o que temos de mais “importante” e/ou mais “conhecido”.
Porém, estive atenta a um fato. O carnaval acontece todos os anos, geralmente entre os meses de fevereiro e março, escolas de samba disputam a premiação, divertem turistas e moradores além de proporcionar um “programa de índio” durante as madrugadas ociosas assistindo TV. Apesar da imensa criatividade de cada escola, sabemos sempre que terá uma que será desclassificada e a outra que será sempre a grande campeã.
Entretanto, isso não acontece com o futebol. Há alguns anos lembro-me da ansiedade que um jogo de futebol causava. Algumas escolas “adiavam” um pouco as aulas durante o horário do jogo, trabalhadores deixavam o serviço um pouquinho para assistir o acontecimento do dia (os chefes de plantão que me perdoem) e os bares ganhavam as cores da bandeira.  Havia o sentimento que um jogo de futebol do time masculino no Brasil era algo mágico. E era.
Mas... onde  foi parar essa magia? O que aconteceu com o futebol brasileiro? O patrimônio sócio-histórico-cultural-nacional (e toda e qualquer outra conjuntura) perdeu-se no tempo ou nos pés dos jogadores da seleção? Onde  está o grito “Vai que é tua, GOLEIRO”? Onde está a emoção e a comoção da torcida brasileira perante um jogo?
Há anos  não sabemos o que é deliciarmo-nos com a conquista – com classe! – de um jogo de futebol arte.  Tudo bem, acabamos de ganhar o “Superclássico das Américas” dos nossos fregueses, digo, vizinhos, com um placar aceitável de 2X0. Questiono, somente, o que está acontecendo com o gingado do futebol do Brasil. 

Você terá de concordar comigo: Brasil e Argentina já foi sinônimo de rivalidade e competência. Um dia. Hoje, é sinônimo de desânimo e falta do jeitinho brasileiro lifestyle. Dunga, Tafarel, Bebeto, Rivaldo, aí vai um recado: nós queremos vocês de volta!

Comentários

  1. Paula, o mundo muda... não há como ser hegemônico para sempre. EUA rumo a perder o primeiro lugar de potência... Seleção brasileira de volëi masculina também foi grande campeã nos últimos anos, mas perdeu o mundial (se não me engano) desse ano... e por aí vai... é só procurar que encontramos vários exemplos.

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  2. Josiane Caldas Kramer2 de outubro de 2011 às 22:11

    Loka do Céu!
    Não é que você prestou atenção direitinho em nosso modo de falar! Só uma observação a gangorra é "pinhec" "pinhec" simulando o barulho quando abaixa e levanta. Viu? já gostei desse teu post. tá loko de bom! Parabéns!

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  3. Oi, Josi! Vc comentou no texto errado... rsrs
    Mas obrigada pela correção, me disseram essa expressão, mas não souberam me soletrar como se escreve! hahaha
    Obrigada, e volte sempre =P

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