Inspirada nas narrativas folhetinescas, que faziam o maior sucesso na segunda metade do século XIX, as Radionovelas são narrativas sonoras nascidas da dramatização do gênero literário, novela. Durante a era de ouro do rádio, as radionaovelas foram fundamentais para que a história do rádio brasileiro se configurasse. Elas estimulavam a imaginação dos ouvintes por meio de tramas e enredos que passavam do frívolo ao sério, do particular ao público. Principalmente as mulheres acompanhavam fielmente o desenrolar da história , fascinadas pelas vozes memoráveis de seus locutores.
Porem estava
na sonoplastia o grande diferencial das Radionovelas para os
folhetins. Os sons e ruídos imbutídos na narrativa Radiofônica incrementavam
o enredo de forma muito bem elaborada. Imitando sons e
ruídos como o de chuva caindo, passos, passagem do tempo e buzinas,
a produção, atingiu seu auge no início do século XX, numa era pré- televisiva.
A primeira radionovela transmitida no Brasil pela Rádio Nacional
do Rio de Janeiro foi “Em busca da
Felicidade” . O maior sucesso de
todos os tempos foi “O direito de nascer” que foi ao
ar em 1951 e perdurou por três anos. Embora o sucesso fosse
grande e a massificação irremediável, passou muito tempo para que a radionovela
se tornasse diária. Isso só aconteceu na década de 1960, com o advento da
telenovela.
Apesar de terem sido avidamente
consumidas no Brasil, as produções radiofônicas eram veiculadas duas vezes por
semana, num tempo de 20 minutos, aproximadamente. Pouco até, para o estrago que
faziam. Com o difusão da
televisão brasileira porém, seus melhores locutores migraram para a
TV. Encerrava-se, assim, uma
das eras mais românticas do rádio brasileiro.
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