Por Elis Oliveira
Quem nunca viu a
imagem do menino que possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e com um
cachimbo na boca! O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro, tendo
origem entre as tribos indígenas do Sul do Brasil.
No início, o Saci era
retratado como um curumim (palavra de origem tupi que significa
criança) endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de possuir um rabo
típico.
No entanto, com a influência da mitologia africana, o Saci foi
transformando- se em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira. Depois
veio o pito, uma espécie de cachimbo, e ganhou da mitologia europeia um
gorrinho vermelho.
É conhecido principalmente
pela travessura, muito brincalhão, que se diverte com os animais e com as
pessoas. Por ser muito moleque o Saci acaba causando alguns transtornos e está
sempre infernizando por aí. Nas casas, passa atrapalhando os afazeres
domésticos, queimando a comida, apagando o fogo
no meio de uma fervura , esconde as coisas e bate portas,
além de ficar assobiando.
No campo, abre
porteiras, espanta toda a criação e o gado, dispara cavalos, nos quais se tem
prazer e gosto em traçar crinas e caudas, transformando em enormes e difíceis
emaranhados, impossíveis de serem destrançados.
Por pertencer ao
imaginário das pessoas, algumas acreditam que o único meio de driblar o
negrinho é espalhando cordas ou barbantes amarrados pelo caminho. Desse jeito ele se ocuparia
em desatar os nós, dando tempo da pessoa fugir de sua perseguição. O Saci
também tem medo de córregos e riachos, por isso, atravessar um pode ser uma
alternativa, pois o Saci não consegue fazer a travessia.
Porém, segundo a
lenda, é necessário tirar o gorro do Saci e prende-lo em uma garrafa. Para isso é necessário jogar uma
peneira ou um rosário bento em um redemoinho. Tudo isso para garantir assim a
sua obediência. A lenda também diz que os Sacis nascem em brotos de bambus,
vivendo ali por sete anos. Após esse tempo, vivem mais setenta e sete para
atormentar a vida dos seres vivos, depois morrem e viram um cogumelo venenoso.
Imagem: Internet
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