Fs noseslide no champ do chabelo |
Mario Kreb Noronha Junior, mais conhecido como
Mario Asa, tem 24 anos de idade e 16 de skate. Natural de Guarapuava, o
skatista conta que teve uma infância ótima e que a família nunca deixou de apoiá-lo em suas decisões. O esporte que
escolheu praticar foi por muito tempo sua única fonte de renda, as conquistas
foram tantas que Asa não lembra ao certo quantos campeonatos já ganhou, pois
até pelas ruas de Barcelona o atleta guarapuavano já andou.
Como começou a andar de skate e qual a sua
modalidade?
Comecei
em Guarapuava mesmo com a rapaziada aqui no bairro. Desde então não parei mais de andar
com o carrinho, pra qualquer lugar que eu ia o meu skate estava junto. Depois
de um tempo, eu escolhi seguir a modalidade street
que baseia-se em obstáculos encontrados na rua, tais como bordas, corrimões,
paredes inclinadas e saltar escadarias. Também pode ser praticado em
pistas com obstáculos que simulam situações encontradas na rua.
Você já passou por alguma dificuldade onde o skate
tenha te “salvado”?
O skate sempre esteve presente em minha vida, é
difícil ficar longe do carrinho,ele sempre me ajudou em tudo. Teve uma época em
que eu fiz uma cirurgia e tive que ficar um tempo sem andar, foram os piores
meses da minha vida. Mas eu criava forças para me recuperar logo, o skate foi
em todos os momentos a minha maior motivação.
Mesmo com o esporte ganhando reconhecimento, o fato do skate estar ligado com a marginalidade ainda está na mente de algumas pessoas.
Você já sofreu algum tipo de preconceito?
Já sofri vários, mas as recompensas que vem através
dele são as melhores, não tem porque perder tempo com pessoas que não tem mente
pra aceitar um esporte que só tem pontos positivos.
Quando conseguiu seu primeiro patrocínio,
atualmente você possui um?
Meu primeiro patrocínio foi em 2003, uma loja de
skate local me deu um grande apoio. O fato de o patrocínio estar em falta fez
com que eu tivesse que procurar outro trabalho, atualmente concílio o skate com
o “trampo” em uma loja de motos que é do meu irmão. Mas essa vida
não é fácil não, o atleta tem que dar o sangue.
O que acha do desenvolvimento do skate no Brasil?
Graças a muitas marcas que tem uma ampla visão do
skate, conseguimos andar hoje em dia com peças nacionais de alta tecnologia,
fazendo com que os atletas tenham mais facilidade com o skate. Sem falar no
numero de atletas que temos aqui no Brasil com nível mundial.
Conversar com Mario Asa foi um grande prazer, homem
que ainda possui um estilo de moleque , um grande destaque do esporte não só na
cidade de Guarapuava mas por toda a região. O skate brasileiro está cada vez
mais valorizado, apoio para esses skatistas é algo que não deveria faltar.
Texto: Amanda Bastos Maciel
Foto: Manoel Martins
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