A Páscoa é um evento mundial,
porém não é comemorada da mesma forma em todos os países. No Brasil, onde a
maioria da população é cristã, a Páscoa é comemorada após o fim da quaresma.
Deixando de lado a parte religiosa, a tradição brasileira consiste em presentear
as pessoas com ovos de chocolate.
A maior parte do país comemora a
Páscoa da mesma maneira, porém alguns lugares influenciados por outras culturas
têm costumes um pouco diferentes, como é o caso de Prudentópolis-PR.
Cerca de 80% dos habitantes da
cidade possuem descendência ucraniana, e grande parte destes ainda seguem
costumes e tradições do país eslavo. Por conta disso, os costumes da cidade
também se modificaram.
A celebração da Páscoa em
Prudentópolis segue as práticas católicas orientais. Existem diversas igrejas
pela cidade, construídas com base na arquitetura bizantina, onde os
prudentopolitanos vão exercer seus rituais de fé. Na sexta-feira santa acontece
a adoração ao santo sudário,
que é vigiada pela irmandade dos cossacos. Os
cossacos são guerreiros nativos da Ucrânia, conhecidos por sua coragem e
bravura. Os prudentopolitanos descendentes desse povo fundaram uma irmandade
para preservar a cultura milenar dos cossacos. A irmandade dos cossacosfaz a guarda da adoração ao santo sudário em Prudentópolis desde 1955, sempre trajados com fardas militares típicas, portando também espadas. O grupo, além da guarda, faz desfiles, apresentações e danças.
No sábado, um dia antes do
domingo de Páscoa, acontece a benção de alimentos, onde as pessoas levam cestos
com comidas tipicamente ucranianas, como pascha
(pão salgado decorado); babka
(semelhante ao panetone); krim; ovos
e a tradicional krakóvia, para serem
abençoadas pelo padre.
Finalmente, no domingo de Páscoa,
nos pátios ou ao redor das igrejas ucranianas, acontece a Haílka. São entoados cânticos, e feitas danças e brincadeiras para
simbolizar a comemoração da ressurreição de Cristo.
Prudentópolis recebe vários
turistas na época de Páscoa, devido a toda essa comoção do povo
prudentopolitano, insistindo em preservar suas raízes e não deixar as tradições
morrerem.
Fotos: Gabriel Colman
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