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Mostrando postagens de maio, 2016

Choque cultural

    Vim estudar Jornalismo em Guarapuava ano passado, depois de ser chamado pela Unicentro através do SISU com a minha nota do Enem. Também passei na Universidade Federal de Mato Grosso, na cidade de Barra do Garças, mas pesquisando sobre as duas cidades me interessei pelas lindas fotos de Guarapuava mostradas na pesquisa do Google. Outro fator que interferiu na escolha foi o clima. Minha cidade natal, no noroeste do estado de São Paulo, é muito quente e eu queria conhecer o frio da região sul. No entanto, Guarapuava e seus habitantes me reservavam muitas surpresas além dos belos pontos turísticos, do frio guarapuavano e das expressões locais.     Comecei a perceber como meus colegas da cidade, ou mesmo da região, davam outros nomes para certas coisas. O exemplo mais clássico é o da vina. Em um primeiro momento não suspeitei que a palavra remetia a salsicha. Escrevendo este texto no Word a palavra vina está aparecendo para mim com um riscado vermelho em baixo. É o corretor informand

Moças, vocês não estão sozinhas!

  foto ilustrativa disponível em:  https://verbalizandoo.wordpress.com/   Mais um dia se estende. Meus estudos e trabalhos já foram concluídos. Estou voltando para minha casa. Ainda não tenho carro próprio, por isso dependo de transporte público. Eu gosto. Gosto de saber que em um relativamente pequeno retângulo sobre rodas cabem tantas histórias, tantos sentimentos, tantas expressões.   Um dos meus costumes é olhar ao redor e perceber pelas expressões ou gestos o que algumas pessoas estão sentindo: algumas estão alegres, outras cantam e sempre há aquelas que deixam claro que o cansaço do dia as venceu.   Em uma destas observações vejo uma mulher em pé, ruiva, com os olhos distantes olhando o horizonte, e falando alto quase como um pedido de socorro.   “Agora ele deu pra dizer que eu gosto mais do cachorro do que dele, é um doente. ” Diz ela ao seu colega, alto, moreno e cabelos grisalhos que está sentado no banco ao seu lado. Tentei inúmeras vezes não prestar aten

Crônica: Pelo Bom Senso

Plena de minhas faculdades mentais e do exercício da minha profissão, decidi por escrever um manifesto em nome de todos os trabalhadores da minha famigerada classe. A quem interesse, subentenda-se, os consumidores de nossos serviços, essa pequena lista também é válida, salvo o motivo de que melhorem certos comportamentos. Caras clientes dos salões de beleza. I – As atrasadas Quando imprimimos em nossos cartões “atendimento com hora marcada”, não estamos apenas preenchendo espaços em aberto. Nossa agenda é como uma fila de dominós. Se o primeiro da fila é empurrado, todos os outros caem com ele. Ao se atrasar para um horário PREVIAMENTE marcado, consequentemente atrasará todos os demais, e pior ainda, retardará o fim do nosso dia de trabalho. II – As mexedoras compulsivas Estar com uma mexedora compulsiva é como tentar colocar um polvo dentro de uma sacola plástica, daquelas bem pequenas, metendo o molusco lá dentro de forma que nenhum tentáculo fique para fora. Não que

Projeto Tô no Tênis

O Tênis de Campo, ou simplesmente tênis, é um esporte que surgiu na Inglaterra. A quadra é dividida por uma rede, e o objetivo do jogo é rebater uma pequena bola com uma raquete para o lado do adversário. Parece simples, não é mesmo? Mas não foi assim tão fácil para Agnaldo Meira Silva. Agnaldo sempre teve vontade de jogar tênis e por ter vindo de uma família humilde ele sempre viu dificuldade em iniciar o esporte. Mas foi ajudado aos seis anos de idade por empresários e começou a praticar o esporte. Como uma maneira de recompensar a ajuda que lhe foi dada, criou o projeto social Tô no Tênis. Foto da página do projeto no Facebook.  O projeto existe desde 2001 e atende cerca de setenta crianças e adolescentes. Agnaldo conta como veio a iniciativa de fazer o projeto: “Eu via as crianças aqui em volta e elas me perguntavam como podiam entrar para jogar. Como fui ajudado há trinta anos, por que não ajudar essas crianças também?.” Podem participar do projeto crianças a partir dos

Você já perdeu o controle?

Se não, tudo bem, se sim, espero que você não tenha ultrapassado limites selvagens. Fica a dica de nome alternativo para uma continuação do filme Relatos Selvagens, produzido em 2014 e rodado na Argentina e na Espanha. Dirigido por Damián Szifron (Tempo de Valentes) e estrelado por Ricardo Darín, a produção é digna de Oscar, ao menos de indicação, já que perdeu para o filme polonês Ida na edição de 2015. No entanto, o longa ganhou atenção internacional e outros prêmios, como o de Melhor Filme Estrangeiro, no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2015 e o Prêmio Goya de Melhor Filme Estrangeiro em Espanhol. Distribuído pela Warner Bros. Pictures, conquistou uma bilheteria de 475.902 ingressos aqui no Brasil. No cinema Belas Artes, localizado no bairro da Consolação em São Paulo, Relatos Selvagens começou a ser exibido no dia 23 de outubro de 2014 e continuou na programação por mais de um ano. Um pouco antes de fazer aniversário, em 18 de outubro de 2015, o público alcançado foi de 3