“Não sei o que ela quer”, dizia meu amigo em um suspiro atribulado. Pobre alma, acostumado a uma vida boemia foi arrebatado por um relacionamento sério, e agora sofria as mazelas das concepções atuais de namoro. Na realidade, nem eu sabia o que ela queria. “Ela não quer que eu deixe ela com ciúmes”. Tal frase ecoou na minha cabeça de forma retórica, afinal me negava a aceitar a condição de que, apesar de serem namorados, ele poderia ser responsável por um sentimento que cresce em outra pessoa. Para ser sincera nunca entendi as reais definições de um relacionamento sério. Sempre acreditei que as pessoas se relacionam de forma errada e absurda. O que observo constantemente são indivíduos que se anulam e acabam sendo sugados por um apêndice homogêneo, ou o tão afamado “nós”. Agarro-me ao conceito de que quando o “nós” impera, o individuo perde a noção do “eu”. Inúmeras vezes ouvi de amigos frases como “nós estamos muito cansados para sair” ou “nós não achamos uma boa ideia”.
Palavras soltas não dizem nada,cabeças sem conteúdo refletem o vazio... Foi pensando em preencher o vazio da mente e organizar as palavras que nasceu o Gorpa Cult, uma provocação que virou blog. Coordenado pela professora Níncia Cecilia Ribas Borges Teixeira, o blog é mantido pelos Petianos do curso de Letras da UNICENTRO.