Vivem falando por aí da tal música boa, me enchem a cabeça de dúvida, apesar da minha singela desconfiança e tendência para certo tipo. Até ousei perguntar ao nosso amigo Google o que ele achava desse conceito que está na boca do povo. Não deu outra, disparado o Rock nas listas, mas não faltaram comentários relutantes questionando o respeito e consideração por outros estilos de música. “E o nosso samba?” “E o axé?” “Está faltando música brasileira aí!”.
Falam de música boa, mas música boa para quê? Boa pra ouvir, boa pra animar? Para refletir, relaxar? Qual é a exigência para que certa música seja enquadrada nesse perfil?
Outro dia cheguei em casa e a Cidinha estava com fones de ouvido varrendo o chão da sala, ela cantarolava de um jeito contagiante. E aí me perguntei, que tipo de música ela estava ouvindo? Estaria embalada ao som de Elliot Smith ou curtindo o som ensurdecedor de alguma banda?
Quem sabe Cidinha estivesse relembrando dos velhos tempos de Amado Batista ou aproveitando os HITS do momento na rádio local, aqueles que incessantemente são reproduzidas até que grudem na nossa cabeça. HIT do momento, o tipo de música que nos colocam goela abaixo e que vira padrão de música boa de um dia pro outro.
Na minha opinião, toda e qualquer forma de impor gostos e costumes é repugnante. Refiro-me não só à mídia com sua exaustiva divulgação do sertanejo universitário, por exemplo, mas também aos arrogantes que se acham superiores por gostar de Rock e música clássica e nem mesmo consideram música aquilo que não gostam.
Estranha é a profissão de “crítico musical”, pessoa considerada lei em “qualidade” musical. Mas eu me pergunto, baseado em que essa pessoa pode ser considerada tão “iluminada” para poder falar de “música de qualidade”? É a cultura? São os pensamentos? A forma de se portar? Existe mesmo um padrão de pessoa certa pra falar de algo? Precisamos disso realmente?
Acho que Cidinha não concordaria, enquanto varria a sala o único estilo de música que ela queria saber era o que embalava seu ânimo para fazer o serviço, era o que a fazia se sentir bem. E por tanto, para mim, o conceito de “música boa” se dá aquela que me faz bem, ao que me faz ficar como Cidinha, cantarolando e sorrindo.
Falam de música boa, mas música boa para quê? Boa pra ouvir, boa pra animar? Para refletir, relaxar? Qual é a exigência para que certa música seja enquadrada nesse perfil?
Outro dia cheguei em casa e a Cidinha estava com fones de ouvido varrendo o chão da sala, ela cantarolava de um jeito contagiante. E aí me perguntei, que tipo de música ela estava ouvindo? Estaria embalada ao som de Elliot Smith ou curtindo o som ensurdecedor de alguma banda?
Quem sabe Cidinha estivesse relembrando dos velhos tempos de Amado Batista ou aproveitando os HITS do momento na rádio local, aqueles que incessantemente são reproduzidas até que grudem na nossa cabeça. HIT do momento, o tipo de música que nos colocam goela abaixo e que vira padrão de música boa de um dia pro outro.
Na minha opinião, toda e qualquer forma de impor gostos e costumes é repugnante. Refiro-me não só à mídia com sua exaustiva divulgação do sertanejo universitário, por exemplo, mas também aos arrogantes que se acham superiores por gostar de Rock e música clássica e nem mesmo consideram música aquilo que não gostam.
Estranha é a profissão de “crítico musical”, pessoa considerada lei em “qualidade” musical. Mas eu me pergunto, baseado em que essa pessoa pode ser considerada tão “iluminada” para poder falar de “música de qualidade”? É a cultura? São os pensamentos? A forma de se portar? Existe mesmo um padrão de pessoa certa pra falar de algo? Precisamos disso realmente?
Acho que Cidinha não concordaria, enquanto varria a sala o único estilo de música que ela queria saber era o que embalava seu ânimo para fazer o serviço, era o que a fazia se sentir bem. E por tanto, para mim, o conceito de “música boa” se dá aquela que me faz bem, ao que me faz ficar como Cidinha, cantarolando e sorrindo.
O post, embora tenha a intenção de ser “crítico”, é puro senso-comum. A ideia de que a música não possui uma componente objetiva surge geralmente na cabeça de alguém que não entende de música, assim como colocar rock (que possui uma estrutura rítmica simplíssima e canções que possuem progressões harmônicas tão complexas quanto qualquer uma do Luan Santana) e música clássica lado a lado como representativas de gosto “superior”, e ainda perguntar-se quais os critérios que levariam a concluir que uma música é melhor que outra. Não é arrogância alguma dizer que música clássica é superior ou que exige um apreciação mais refinada, é uma questão de objetividade. Não é a toa que ela foi feita, à época, para ouvintes versados em teoria musical. Por certo não é necessário que eu prove isso analisando comparativamente Bach e U2, por exemplo, pois a internet já está repleta de referências que podem confirmar o que escrevo, mas a intenção do comentário é apenas essa: música não resume a gosto. O artigo fala da percepção subjetiva, que também é válida, claro, e sobre isso não há o que comentar, há quem se emocione ouvindo Brahms e quem se emocione ouvindo Fresno; a música, por ser arte, permite isso, mas essa percepção diz muito mais sobre a sensibilidade do ouvinte do que da qualidade da música.
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