O sistema capitalista torna o ser humano ambicioso, em busca de garantir suas necessidades básicas e também consumir, precisa ir além daquilo que necessita e fazer parte de uma aldeia global que vive para comprar e consumir. Num mundo competitivo e ambicioso, ter tudo não é o máximo, pois nossa subjetividade, nossa vida ou o medo de encarar o futuro são sentimentos que rodeiam nossa vida.
O Clube da Luta expõe esse mundo a todos, de forma filosófica coloca à mostra os conflitos existentes no indivíduo. O filme é baseado num livro de Chuck Palahniuk, que foi publicado em 1996 e conta a historia de Jack (Edward Norton) que faz parte da geração que navega na internet, tem um bom emprego, oportunidades financeira, mas não se liga a tudo isso. Com isso seus conflitos internos criam Tyler Durden (Brad Pitt), um personagem desapegado das necessidades consumistas. Com a rebeldia de Tyler, Jack vê nele um exemplo . Os dois criam o Clube da Luta, com regaras, uma verdadeira sociedade secreta na qual as pessoas podem tirar suas frustrações, com isso as pessoas aderem ao clube, onde não importa quem vença, mas sim sua luta, que é quase uma sessão de terapia. O grupo cresce, ameaça a estabilidade e os dois se apaixonam pela mesma mulher, a Marla Singer (Helena Bonham Carter). Acima de tudo, jack representa um homem em decadência, que se perde dentro de si e não consegue dar significado com suas ideologias. Seus problemas psicológico levam a guerra social, depredações de seguidores que vêem nele um líder.
O filme tem uma mensagem extraordinária, uma avalanche de ideias que não são percebidas numa primeira olhada, é preciso em alguns casos uma análise aguçada. Faz uma crítica contundente ao sistema capitalista em que vivemos hoje, no qual não somos vistos pelo que somos, mas pelo que temos. Jack se vê manipulado por este “mundinho de sonhos e fantasias superficiais”. A violência e o terrorismo não podem ser maneiras para mudar, mas se analisar por outro lado, a violência exposta é resultado da loucura de Jack. Além de mensagens anti-consumismo claras. O diretor David Fincher coloca muito bem a genialidade da historia, com ousadia para mexer na ferida da sociedade pós-moderna, usufruindo de elementos nunca vistos.
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