Autora
Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza,
Ceará, em novembro de 1910. Viveu parte de sua infância na capital do estado e
parte, no interior, na fazenda dos pais. Depois da seca de 1915, mudou-se para
o Rio de janeiro, onde ficou por pouco tempo, transferindo-se para o Belém do
Pará. Raquel de Queiroz vem a falecer no dia 4 de novembro de 2003 em sua casa
no Rio de janeiro.
Ingressou no jornalismo como cronista, em
1927. Em 1930, lançou seu primeiro romance “O Quinze” que recebeu o primeiro
prêmio. Em 1977, foi à primeira escritora a ingressar na Acadêmia Brasileira de
Letras, um grupo que, até então, tinha sido exclusivamente masculino.
Suas principais obras são: “O Quinze” (1930), “As três Marias
(1939), “100 Crônicas escolhidas” (1958), “Dora Doralina” (1975), “As
menininhas e outras crônicas” (1976) e “Memorial de Maria Moura” (1992).
Contexto histórico
No início do século XX, a literatura
brasileira atravessava um período de transição, as estéticas literárias
(Relismo, Naturalismo, Parnasianismo), muitas vezes se fundiam. De um lado,
ainda era forte a influência das tendências artísticas da segunda metade do
século XIX; do outro lado, já começava a ser preparada a grande renovação
modernista, cujo marco no Brasil é a Semana de Arte Moderna (1922). A essse
período de transição, que não chega a construir um movimento literário chmamos
de Pré-Modernismo. Nesse sentido, deve-se dizer que é entre esse
“Pré-Modernisno” e o “Modernissmo” já fixado como movimento literário que as
crônicas de Rachel de Queiroz estão inseridas.
Obra
“As Melhores Crônicas de Rachel de
Queiroz” foi organizado por Heloisa Buarque de Hollanda e reúne crônicas
publicadas por Raquel de Queiroz em seis livros, abrangendo um príodo que vai
de 1948 “A donzela e a moura morta” à 2002 “Falso mar, falso mundo.
Dentre as crônicas escolhoidas para este livro, têm-se
grande destaque os tipos regionais e as lembranças que Rachel tem do sertão.
Assim, muitas vezes estes textos apresentam um caráter autobiográfico, à medida
que são baseados em lembranças e fatos reais vividos pela escritora. Percebe-se
também uma linguagem simples como se fosse um diálogo com o leitor, uma
característica comum às crônicas.
Crônicas Representaivas
O Senhor São João
Nesse texto, a autora usa como ponto central a festa de
São João para descobrir certos preconceitos
e esteriotipos mantidos pelos moradores das regiões Sul e Sudeste acerca
do Norte e Nordeste. Tendo como ponto de partida a ideia de que no Norte o povo
passa o ano todo dançando em uma série de festividades. Rachel de Queiroz
trabalha a diferença entre diversos estado e cidades do Norte e Nordeste, dando
voz aá riqueza cultural desta regiões. As lembranças da infância no Ceará tem
grande importância na construção dessa narrativa.
Rosa e o fuzileiro e Vozes d’África
Estes contos fazem parte de uma vasta
produção sobre amores impossíveis bem ao estilo Romeu e Julieta. Em “Rosa e o
fuzileiro”, Rachel conta a história de uma jovem, Rosa, que se apaixona por um
fuzileiro naval e que é violentamente agredida por seu pai, que se opunha ao
amor da moça. Alguns meses depois, ela reconta a história de rosa, mas dessa
vez sob o ponto de vista do pai, em “Vozes d’África”.
Pátria Amada
Após uma temporada no exetrior, Rachel de Queiroz fala
sobre a sensação de voltar ao Brasil. Por mais que, ao estar em solo
brasileiro, o que mais se quer é ir para e exterior e fugir de toda a bagunça
de nosso país, ao se encontrar distante e se deparar com a bandeira nacional, o
que se sente é saudade e vontade de voltar para casa. Rachel de Queiroz, em tom
nacionalista, também reflete sobre o que é a pátria. O tema do “retorno” (seja
ao Brasil, seja à casa, ou seja o retorno à infância) é um tema bastante
recorrente em suas crônicas.
Sertaneja
Nesta crônica, o
saudosismo e o orgulho de sua terra-natal, o Ceará aparece com grande força
para retratar a vida no sertão. O ocorrido passar do tempo em uma cidade como O
Rio de Janeiro é posto em contraste com o tempo devagar e sossegado da vida no
sertão. Este tema do “tranquilo passar do tempo” é discutido em diversas outras
crônicas da escritora.
Não aconselho
envelhecer
Rachel de Queiroz traça nessa crônica uma perspectiva sobre a
velhice bastante diferente do senso comum. Primeiramente, ela discorda do termo
“terceira idade”, e elenca o que considera diversos prejuízos causados pelo
envelhecimento, que para ela é como uma “espécie de HIV a longo prazo”.
Referências:
HOLLANDA, Heloisa Buarque de.
Rachel de Queiroz: coleção melhores crônicas. São Paulo: Global, 2004.
De - Ana Paula Kuchla
Por: Diana Pretto
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