Em torno de 1600 a Inglaterra sofria abusos partidos do seu parlamento,
como aumento de impostos, corrupção, perseguição à aqueles que não acreditavam
nos mesmos princípios que os ditados pelo governo. Pela extrema força que o
governo detia, o povo não tinha coragem de reagir e lutar por seus direitos e
contra todas as injustiças.
Até que um dia, um velho soldado chamado Guy Fawkes juntou um pequeno
grupo de amigos para levantarem-se contra o governo e a situação em que a
Inglaterra estava. Fawkes era entendido de explosivos e decidiu que para acabar
com a situação era necessário explodir o prédio parlamentar.
No dia 05 de novembro de 1605 a ideia seria colocada em prática. Os
companheiros de Fawkes perceberam quão perigoso o ato poderia ser para os
inocentes e quanta gente poderia sair acidentada e até morta e resolveram
mandar avisos ao parlamento sobre o que estava por acontecer. O rei encontrou
Fawkes, que foi torturado e enforcado em praça pública com a justificativa de
traição. Os outros homens, dedurados pelo quase-revolucionário, também foram
mortos.
O rei fez com que os ideais do revoltado fossem apagados e o povo montou
versos para aclamar o feito do rei.
“Lembrai,
lembrai do 5 de novembro
A pólvora,
a traição e o ardil
Não
sei de Nenhuma razão para que a traição da pólvora
Seja
algum dia esquecida”
Um
ideal é quase imortal. Depois de anos, o povo começou a perceber as novas
injustiças do parlamento e Guy Fawkes renasceu na atitude das pessoas. Uma
dessas atitudes, muito recente, foram os quadrinhos de Allan Moore (1982)
intitulados V de Vingança. Mais tarde (2005) o autor inspiraria um filme, do
mesmo nome de sua obra.
Tanto nos quadrinhos quanto no filme, o personagem principal, um
anarquista com sede de justiça usa mascaras que representam Fawkes. Essa
máscara acaba concentrando o ideal do anti herói inglês e justiça e poder do
povo.
Nesse ano o Brasil foi palco de vários levantes contra atitudes do
governo que a população julgou inadequada. Os levantes foram organizados
basicamente pela internet onde a expressão “anônimo” é muito utilizada. Todos
que querem comentar ou publicar coisas sem indentificação usam essa palavra
como marcação. Dessa forma, a palavra se tornou uma representação de todos. A
palavra sofreu o mesmo percurso do que o nome de Fawkes e a máscara. Anonymous,
“anônimo” em inglês, virou uma organização para representar o povo e a
organização se apresenta da seguinte forma:
"Somos
uma idéia de um mundo onde a corrupcão não exista, onde a liberdade de
expressão não seja apenas uma promessa, e onde as pessoas não tenham que morrer
lutando por seus direitos. Não somos um grupo. Somos uma ideia de
revolução."
Como
Fawkes a organização atacou o sistema governamental brasileiro de forma
virtual, “hackeou” alguns sites substituindo seus conteúdos com mensagens
representando seus ideais. O Brasil foi para rua entre os meses de junho e
julho desse ano, ocuparam o Congresso Nacional. Usando as máscaras de Fawkes
adoratam os ideias de força popular e lutaram por seus direitos.
Muitos objetivos foram alcançados, muitas cidades se mobilizaram e
agregaram força as manifestações das cidades maiores e alguns dos manifestos
foram acatados. “O Gigante Acordou”.
Ainda há manifestações diferentes acontecendo em todo o território
nacional. Na nossa cidade as atenções estão voltadas ao Passe Livre para os
estudantes, por exemplo.
O
ideal de Fawkes viajou no tempo, espaço e na história e foi adotado pelos
brasileiros que lutam pela justiça social e pelo fim da corrupção e de muitos
outros problemas relacionados ao País.
Informações extraídas de: http://www. anonymousbrasil.com e http:// ahduvido.com.br/guy-fawkes- conspiracao-da-polvora-v-de- vinganca-e-anonymous
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