Por Carlos Souza
Valdemar dos Santos tem 55 anos e é líder do coral da Igreja Adventista há mais de 30 anos. Essa sua aproximação com a música sacra o fez coordenar um projeto de canto na Penitenciária Industrial de Guarapuava, a PIG, entre os anos de 2003 e 2006. “Era visto na penitenciária aqueles que tinham alguma afinidade com a música e tinham bom comportamento, aí estes que participaram do projeto”, explica. Porém, mesmo com o fim do coral há mais de dez anos, seu Valdemar continua tentando melhorar a vida das pessoas, hoje com serviço voluntário.
Valdemar dos Santos tem 55 anos e é líder do coral da Igreja Adventista há mais de 30 anos. Essa sua aproximação com a música sacra o fez coordenar um projeto de canto na Penitenciária Industrial de Guarapuava, a PIG, entre os anos de 2003 e 2006. “Era visto na penitenciária aqueles que tinham alguma afinidade com a música e tinham bom comportamento, aí estes que participaram do projeto”, explica. Porém, mesmo com o fim do coral há mais de dez anos, seu Valdemar continua tentando melhorar a vida das pessoas, hoje com serviço voluntário.
No começo, admite seu Valdemar, o trabalho com os presos era um pouco complicado. “Dava um pouquinho de medo, sabe? Mas, com o tempo a gente passa a conhecer eles melhor, aí foi muito legal”, conta. E, ele vê como fundamental o papel da música e da própria arte como um todo no processo de ressocialização e mesmo na vida de qualquer pessoa. Porém, ele não hesita em afirmar que existe música que faz mal. “Tem música que te eleva o espírito e te mantém mais perto das coisas de Deus, e tem músicas que estragam sua mente, que de tanto você ouvir sai brigando, fazendo bobagem… a música tem muito poder pra mente da gente, então quando é sacra, uma música que te leva para perto de Deus você se torna uma pessoa mais mansa. Com certeza ajudou muitas pessoas lá dentro (da penitenciária)”, acredita.
Mesmo com o término do grupo de canto há mais de dez anos, seu Valdemar continua atuando e tentando melhorar a vida das pessoas ao seu modo. Hoje ele dedica 3% de todo o dinheiro que ganha semanalmente para comprar alimentos e realizar doações. “Eu quero ajudar as pessoas a terem saúde, a se alimentarem melhor, a conhecer a Deus… então eu pego essa parte do dinheiro, que geralmente dá 50 ou 60 reais e compro feijão, arroz, óleo, leite e deixo com aquele pessoal que distribui para quem precisa. E, além dessas doações semanais, seu Valdemar também ajuda um senhor de 52 anos e sua mãe, de 82 anos, que estavam sem condições de se manter. “Eu encontrei eles na rua totalmente desamparados. Sempre acreditei na importância de fazer algo pelos outros, por isso tento ajudá-los como posso”, conta.
Mudar o mundo sozinho é muito difícil, mas é possível melhorar a vida das pessoas próximas de você. É nisso que acredita seu Valdemar, que aos 55 anos de idade ainda tem muito fôlego para ajudar quem precisa. “Pode ser uma pessoa só, mas ela você ajudou. Ela não vai passar dificuldade. E não é só dar o alimento, mas também a pensar e a viver melhor”.
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