Jean Patrik Soares
Em Pinhão, as mães de crianças com deficiência
cansaram de esperar por ajuda do governo, que nunca chegava, e resolveram
correr atrás de seus direitos. Em 2008, foi criada a Associação Pequeno Anjo,
uma entidade que auxilia mães de crianças com deficiência na luta por seus
direitos.
A principal responsável por essa iniciativa é Marisa
Do Carmo Krysiaki, presidente e fundadora da associação, ela é mãe do Jackson,
18 anos, que não anda e nem fala, vive como um bebê que necessita de todos os
cuidados básicos. Marisa conta que quando ainda era mais jovem nunca tinha
conhecido nenhuma pessoa com deficiência e que foi muito difícil aceitar as
limitações de seu filho. Segundo ela, todas as mães sofrem com essa realidade,
e que, por isso, necessitam de orientação.
Marisa relata que várias mães já a procuram
desesperadas, sem rumo, pensando até mesmo em abandonar seus filhos. Como a
maioria é de baixa renda, elas não têm recursos para cuidar de seus filhos e
nem sabem onde procurar esse recurso. “Com essas dificuldades a gente descobriu
que temos que nos unir e correr atrás dos nossos direitos,” relata Marisa
emocionada.
O trabalho da associação é simples, mas significativo,
consiste na fabricação e distribuição gratuita de fraldas para as pessoas com
deficiência. A associação ainda se responsabiliza por providenciar alimentos,
remédios e consulta médica para as crianças, tudo com a ajuda de voluntários e
doadores. Mensalmente, são atendidas mais de 20 famílias, 16 mulheres se
revezam na confecção das fraldas e outros trabalhos, e 100 sócios contribuem
financeiramente. Por meio da associação, as mães criaram o Conselho Municipal
da Criança com Deficiência, que debate, fiscaliza e reivindica os seus
direitos.
A presidente da entidade afirma que o maior desafio já
enfrentado foi a obtenção de um espaço para trabalhar, hoje localizado na Casa
da Amizade, cedido, em regime de comodato,
pela Rotary Club. Ela afirma, ainda,
que um dos constantes problemas é a falta de dinheiro, pois não recebem nenhuma
verba pública, e sempre precisam adquirir remédios para as crianças. “Existe
muito desrespeito aos deficientes nas leis, que só estão no papel, mas não
funcionam, como, por exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente que prevê
o fornecimento gratuito de medicamentos, próteses e órteses.” conclui Marisa.
obrigado padre por contar a nossa história..infelismente o nosso destino foi esse e fomos capacitadas por deus,talvez se eu não tivesse filho com deficiencias não tinha conhecido o valor da vida ser mãe de filho com deficiencias é um desafio dado por deus e nos estamos carregando a cruz e precisamos de simão cirineu e muitos anjos pra nos ajudar , a asociação pequeno anjo, traz esperanças prs mães ,e os socios dão oportunidades assim conseguimos cuidar deles melhor. obrigado por tudo
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