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Mostrando postagens de março, 2012

Gaúchos de Guarapuava

Imagem: http://otrolldoiguassu.blogspot.com.br      A presença da cultura riograndense em nossa cidade. Algum tempo atrás perguntei-me sobre a causa do guarapuavano ter hábitos tão gauchescos. Eles estão presentes no dia-a-dia da grande maioria dos moradores da cidade. Quanto mais interior, mais perto do Rio Grande do Sul nos sentimos. Exemplos não faltam, o chimarrão, o churrasco, as músicas, as danças, as roupas e, até mesmo, o jeito de falar, tudo tão característico, que chega a parecer que um gene "riograndense" já foi incorporado ao DNA do guarapuavano. Uma cena típica de ser acompanhada em nossa cidade, de início, ou fim, do dia, tem suas raízes nos pampas: Famílias reunidas em uma boa roda de chimarrão, colocando a "prosa" em dia, e contando causos antigos. Além disso, quem nunca encontrou, em pleno centro da cidade, homens com suas botas, bombachas e lenços no pescoço?  Ou mesmo ligou o rádio pela manhã, ou cair da tarde, e se deparou com uma p

Quadros que falam

Sou absolutamente leiga em obras de arte, porém fui seduzida pelos quadros expostos no hall de exposições da Unicentro essa manhã. Gostei do que vi.    Lá estão quadros pintados a óleo sobre tela do artista regional Felipe Soleiro.   Detive-me   a observá-los por algum tempo e tive a nítida impressão de que falavam comigo. Detive-me um pouco mais em um deles.   Este     trazia a pintura de um manequim de costureira. Garanto   leitor que esse manequim tem vida própria. Fui abduzida para dentro da tela. Vi-me envolta em vivências remotas. Tal a harmonia da pintura   que  se ouviam   as vozes das mulheres que conversavam animadamente enquanto puxavam e repuxavam as sedas pomposas e    delicadas das senhoras da nobreza que deveriam moldar-se     ao manequim. Fitas métricas, agulhas, tecidos, mulheres, medidas, tudo parecia estar em sincronia.  Poderia ficar ali por horas em meus devaneios, mas segui.    Deparei-me com a poltrona. Sim; uma poltrona. Antiga. De veludo. Sim, me pa

Compre seu ingresso e entre na fila

Antes de começar, caro leitor, desejo que mais do que ler, você possa se recordar dos sentimentos, sensações que viveu ao estar sentado, ao lado de um conhecido ou desconhecido, à meia luz, olhando para um ponto fixo a sua frente. Que possa se lembrar das risadas, choros, suspiros e, quem sabe, raiva que sentiu. De toda a sinestesia. Sim, esta seria a descrição, em palavras, perfeita para o que pretendo discorrer aqui e, como já disse anteriormente, espero que você, um dia, já tenha comprado seu ingresso, esperado na fila e entrado na sala onde o espetáculo ganha vida. Você deve imaginar que me refiro ao cinema, algum show, mas não. Refiro-me à arte do “aqui e agora”, do momento, do carne e osso, das singulares peças de teatro. Exatamente, singulares. Você pode assistir mais de uma vez a mesma peça, mas ela nunca será igual. Os sentimentos nunca serão os mesmos, e ainda assim, você vai se emocionar com ela, como da primeira vez que a assistiu. É incrível como as pessoas simp

Sono e vida saudável

Vivemos em tempos de promoção da saúde, do bem estar, nunca se falou tanto em reeducação alimentar e na prática de exercícios. A preocupação por uma vida saudável é visível, também, nas ruas de Guarapuava, basta passar no final da tarde nas principais praças e nas academias de ginástica e ver o grande número de pessoas que dedicam parte do seu tempo na prática de exercícios, sobretudo, na caminhada. Mas para se ter um bom dia é necessário também uma boa noite, e assim surge algo fundamental, o sono. Isso mesmo, dormir bem é essencial para uma vida saudável. Um bom sono é revigorante, restaurador, quando isso não ocorre, vem o mal estar, dores pelo corpo, irritabilidade e estresse. Existem pessoas que acham que dormir é perda de tempo, mas não é isso que dizem os estudos. Segundo pesquisa da Universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos, publicada dia 1 março, na edição online da Revista Veja, problemas de saúde e depressão foram claramente associados ao sono ruim, sendo que, o

Ler é preciso

Amanda Lima Lembro-me da minha infância. Terceira série do ensino fundamental. A ida coletiva da turma até a biblioteca acontecia uma vez por semana, mas eu lia o livro que emprestava em bem menos tempo que isso. Com o passar do tempo, ia sozinha, quase todos os dias. Esse hábito de ler, que aqui escrevo, não é para dar ar de superioridade, para mim isso não existe. É só uma maneira de mostrar que sim, a leitura se começar cedo, traz inúmeros benefícios e há muitas pesquisas científicas que comprovam isso. A biblioteca, local que guarda essas relíquias, sempre foi um lugar místico. O silêncio, a organização, o ar calmo e inspirador que esse ambiente sempre trouxe para mim. Na época também, o uso de computadores era limitado. Não havia internet, nem facebook, nem orkut, nem videogame como os de hoje. O fato de não existirem esses artifícios, ajudou muito a quem teve a sorte de ter que ficar horas em uma biblioteca procurando dados que hoje se tem com alguns segundos em frente ao compu

Admirável mundo feminino

Elas são simplesmente extraordinárias, diferentes e únicas no jeito de ser e fazer, encantadoras e com um jeito delicado. Geralmente , vaidosas e claro, cheias de graça, mulheres, como já dizia o cantor Leoni, garotos não resistem aos seus mistérios. Há quem diga que o dia da mulher é todo dia, sim, elas devem ser valorizadas em todos os dias do ano, sendo no papel de mãe, filha, estudante, professora, enfim, as mulheres são fundamentais na nossa sociedade, elas realmente fazem a diferença. Muito se vê , nos dias atuais, mulheres que buscam independência e liberdade. Em outros tempos, elas se rebelaram, suplicavam direitos iguais aos homens, fizeram soar suas vozes pelas ruas, elas queriam apenas oportunidades para mostrar o quanto são boas no que fazem. Exemplos não nos faltam, é só observarmos mulheres militares, condutoras de veículos, atletas, ou até mesmo Presidente da República. E por que os homens dizem não entender as mulheres? Talvez pela complexidade que seja o mundo dela

De Amélia a Dilma: mulheres em transformação

De Amélia a Dilma: mulheres em transformação . Durante muitos anos, o homem dominou o espaço público e inviabilizou o crescimento intelectual e a divisão deste espaço com as mulheres. Diante de uma sociedade que ignorava o feminino, elas lutaram e, principalmente após a eclosão do feminismo nos anos 1960, diversas conquistas foram tomando corpo. O contraste com a era em que o gênero masculino dominava praticamente todas as relações sociais pode agora ser visto. Há algumas décadas, a mulher era relacionada a um ser cujas funções eram constituir família e se dedicar ao lar. Muitas que transgrediram esses costumes foram perseguidas e discriminadas. Muitas foram desvalorizadas no decorrer do tempo, exercendo atividades remuneradas inferiores às recebidas pelos homens. As mudanças, quanto ao feminino, começaram a surgir com o processo de modernização. Nessa época, milhares de mulheres entraram no mercado de trabalho, passando a exigir o seu espaço na sociedade. Dessa forma, puderam mostra

O que é ser mulher?

Pensando em escrever o texto, procurei buscar o melhor significado para o que é ser mulher. Cheguei a conclusão que ser mulher não é fácil. Você precisa ser sensível e forte ao mesmo tempo. Independentemente da realidade, precisa ter fé por você e,algumas vezes, pelo os outros. Trabalhar, estudar, cuidar da casa, dos filhos, do marido e continuar linda, estar bem consigo mesmo. Saber a diferença entre ser fácil e ser uma mulher de atitude. Entre ser sexy e vulgar. Ser linda e fútil. Entre fingir ser boba e realmente ser. Viver intensamente e viver desesperadamente. Enfim, poderia mos colocar muitos outros itens, mas ser mulher acima de tudo é ser especial. Acredito fielmente na frase “Ao lado de um grande homem, existe uma grande mulher”. Não conheci nenhum homem que tenha o senso de organização de uma mulher com o toque de sensibilidade com os detalhes. Vá à casa de um homem solteiro e depois vá à casa de um homem casado ou que more com a mãe, nada mais precisará ser dito. É lógic

A música além da partitura

Nas partituras das ruas de Guarapuava músicas já foram produzidas, interpretadas, escutadas e quem sabe até repudiadas. A música de nossa região   traz     esperança e  sentimos que muitas propostas já se foram, precisam do nosso esforço para que apareçam. Da antiga   música ,   que não é somente a   popular , dá saudades da afinação das vozes, da composição e harmonia.   Hoje,   a música tornou-se instrumento até do barulho, que nem sempre toca o coração e sim a mente. Música era partitura , clave, bemol, sustenido... regras que chegavam ao âmago da produção pensada, revisada , inspirada. Nossos músicos sofriam, choravam,   sorriam,   porque a música fazia parte de si mesmo. A música coral já foi expressão de verdadeira música, no entanto, nos dias atuais são raros os grupos corais que vemos em nossa região. Em Guarapuava   ainda,     hoje ,   procura-se desenvolver projetos musicais do canto coral. Um dos grupos que se destaca nesse estímulo cultural é o Unicanto da Universidade Es