Vou
ser breve em meu relato. Há algum tempo, durante a tarde, eu cheguei em casa e
comecei a checar as minhas mensagens como de costume, assim que o celular
conectou automaticamente na rede Wi-Fi (não vamos entrar em divergências quanto
a dependência cada vez maior da tecnologia, acho útil).
Em
um dos grupos de conversa em que participo me deparei com essas mensagens do print acima. “Feijão tá caro, nunca vi
nem ouvi, eu só ouço falar”, enviou um amigo fazendo claramente uma analogia
entre o feijão e o caviar da música de Zeca Pagodinho.
Lúdico,
triste e real.
Segundos
depois fui até a cozinha comer alguma coisa. Escolhi granola com banana e
coloquei em um prato. Meu colega estava sentado no sofá com o celular na mão
também (detalhe) e eu comentei que estava comendo muita granola ultimamente.
Ele disse que também gosta e que fica melhor ainda com iogurte.
-
Só que agora tem que escolher, ou a granola ou o iogurte. Comentou.
Voltei para o quarto
e liguei as duas coisas que vi e ouvi. Depois percebi que nem perguntei se ele
queria um pouco da granola. O que quero relatar é que logo veio uma palavra em
meu pensamento que vem sendo usada ultimamente no país. Minha professora do
primeiro ano na universidade orientou a fugir da repetição desse termo em
tempos como este de instabilidade financeira. Desculpa, mas não tem como fugir.
É a crise.
Texto por Marcelo Junior.
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