Pular para o conteúdo principal

Obras vestibular Unicentro: Viagem no Espelho-Helena Kolody




Viagem no Espelho, de Helena Kolody, reúne livros publicados pela autora, de 1941 a 1986. Nessa publicação, encontram-se vários poemas que têm como assunto a própria poesia (metapoesia). O tempo constitui "a nota mais relevante da obra“.
Obra representativa da poesia breve, portanto, nela, predominam os poemas curtos. Praticante do haikai, forma de poesia japonesa, pequeno poema de três versos, com cinco, sete, e cinco sílabas poéticas sucessivamente. Helena Kolody tem o poder de transformar sua sabedoria de vida em poemas luminosos, ainda que seus temas possam ser densos e mesmo trágicos: o amor, a morte, o tempo, o envelhecimento, a banalização da vida, a tecnologia destrutiva e a falta de fraternidade entre os seres humanos.
Helena Kolody é uma das figuras mais importantes das letras paranaenses, embora ainda não haja gravado o seu nome no quadro mais amplo do reconhecimento nacional. Poetisa de atitudes discretas, alheia às autopromoções
Pelo tom da voz, pela delicadeza dos sentimentos, pela autenticidade lírica e pela temática, ela é, com certeza, a poetisa representativa de seu estado. E isso não apenas pela maturidade regional, mas também por haver acrescentado a voz do imigrante à temática da poesia brasileira.
O amor fica sendo só um sentimento, um sonho, e Helena Kolody soube muito bem transformar esses sentimentos em palavras melodiosas, o que levou alguns poemas seus a serem musicados. São versos carregados de um lirismo puro, que embalam reminiscências de amores de outrora
Helena Kolody é a poeta do cotidiano, das realidades simples e comuns, interpretadas por sua sensibilidade e lirismo contagiante e libertador. Sua poesia, profundamente lírica, com acentos existenciais, transparentes, revela uma construção poética alicerçada a partir das coisas simples e cotidianas.




Comentários

  1. Helena Kolody é uma das figuras mais importantes das letras paranaenses, embora ainda não haja gravado o seu nome no quadro mais amplo do reconhecimento nacional. Poetisa de atitudes discretas, alheia às autopromoções.
    Concordo com essa colocação, mas quero aqui dar meu depoimento. Em 2005 quando eu era primeira dama da pequena cidade de Itapejara d’oeste lançamos um projeto chamado a minha felizcidade, este projeto envolveu todos os alunos do município na construção de haicais que depois de escolhidos por uma comissão foram expostos na cidade em totes.
    Acreditei que essa era uma maneira de eternizar a poesia.

    ResponderExcluir
  2. muito bom cara precisava disto para um trabalho de escola >.< ''sacoméh '' neh.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

RESUMO DA OBRA "VÁRIAS HISTÓRIAS", DE MACHADO DE ASSIS

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de família pobre e mulato, sofreu preconceito, e  perdeu a mãe na infância, sendo criado pela madrasta. Apesar das adversidades, conseguiu se instruir. Em 1856 entrou como aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional. Posteriormente atuou como revisor, colaborou com várias revistas e jornais, e trabalhou como funcionário público. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Algumas de suas obras são Memórias Póstumas de Brás Cubas , Quincas Borba , O Alienista , Helena , Dom Casmurro e Memorial de Aires . Faleceu em 29 de setembro de 1908. Contexto Histórico Várias histórias foi publicado em 1896, fazendo parte do período realista de Machado de Assis. Os contos da obra são profundamente marcados pela análise psicológica das personagens, além da erudição e intertextualidade que transparecem, como por ex., referências à música clássica, a clássicos da literatura, bem c

Pintores Paranaenses

A partir do século XIX, a pintura passou a se desenvolver no Paraná, incentivada por pintores como o imigrante norueguês Alfredo Andersen, e Guido Viaro, o segundo vindo da Itália. Ambos dedicaram-se ao ensino das artes visuais, além de pintarem suas obras inspiradas principalmente nas paisagens e temas do cotidiano paranaense. Responsáveis também pela formação de novas gerações de artistas no estado, como o exemplo de Lange Morretes, Gustavo Kopp e Theodoro de Bona, todos nascidos no Paraná. Alfredo Andersen, apesar de norueguês, viveu muitos anos em Curitiba e Paranaguá, e ainda hoje é tipo como o pai da pintura paranaense. Foi ele o primeiro artista plástico atuar profissionalmente e a incentivar o ensino das artes puras no estado. Ele se envolveu de forma muito intensa com a sociedade paranaense da época em que viveu, registrando sua história e cultura. Rogério Dias, outro grande exemplo, sempre foi autodidata, sua trajetória artística tem sido uma soma de anos de paciente

“Esta terra tem dono!”

Do alto, o Cacique Guairacá observa a cidade. Imortalizado em bronze, junto ao seu lobo, ele vigia os moradores e dá boas vindas aos visitantes. Sem dúvida ele é o símbolo de Guarapuava, que traz suas raízes indígenas estampadas até no nome. Uma das vertentes históricas, afirma que o Cacique Guairacá, viveu por estas terras em meados do século XVII. Nessa época, o tratado de Tordesilhas dividia a América do Sul ao meio (ou nem tanto) e Guarapuava se situava em terras espanholas. E como toda grande colonização desta época, havia a opressão indígena – seja a escravização por armas ou pela catequização, tiveram sua cultura esmagada pelo cristianismo europeu.  E também como no Brasil inteiro, houve resistência por parte dos índios. Mas ao contrário do resto da América, aqui tinha o Cacique Guairacá, que complicou muito a vida dos colonizadores.  Armado com lanças e arco e flecha, ele comandou embates aos berros de “CO IVI OGUERECO YARA!” (ou “Esta terra tem dono”). E o