No dia 02 de novembro, milhares de pessoas visitam os
cemitérios, pois sabem que lá além dos restos mortais de seus entes queridos,
estão também diversas lembranças das pessoas que já passaram.
No dia de finados, muitas pessoas queimam as velas, levam
flores aos túmulos, choram e rezam. Tradição cultural que ultrapassa qualquer
organização religiosa.
Velas essas, que em muitos casos tem dificuldades de se
manter acesas, pelo vento, pela chuva, ou talvez por falta de habilidade em
manusear este instrumento de luz. Velas que por muito tempo foram utilizadas
para iluminar as noites quando não existia energia elétrica.
Nas ceras da vela que se apagam, um depósito escorrido, nem
sempre nítido e nem bonito, um cemitério daquilo que foi e que agora não se tem
mais, apagou-se a luz ficou apenas a lembrança da luz que esteve acesa.
Outro símbolo que nesse dia aparece são as flores que também
remetem à vida, o odor gostoso. As flores fazem perceber que na memória fica
uma lembrança boa de uma realidade já vivida.
As flores vão murchar, mas essa é uma preocupação do outro
dia. O que vale a pena é o presente, sua beleza e seu gostoso odor.
Na esperança de que a vida é como um sopro, como uma vela
que se derrete ou como uma flor que murcha. bom mesmo é viver o momento
presente que na lembrança faz resgatar boas histórias.
Itamar Abreu Turco
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