Pular para o conteúdo principal

Breaking Bad e a nova era televisiva

Você já deve ter ouvido falar nesse nome ultimamente, seja numa conversa na faculdade, num post em algum lugar da internet, ou na incessante indicação de um amigo “é a melhor série! Você tem que assistir”. Breaking Bad, a série de TV de maior repercussão dos últimos tempos,  chegou ao fim, mas deixou como herança uma legião de fãs e a certeza de que agora, as séries de TV são vistas também como forma de arte, condição antes atingida apenas pelo cinema.
Breaking Bad não foi o único responsável pela inversão midiática que está ocorrendo: onde a televisão está investindo em programas originais e de qualidade quase hollywoodiana, e na migração dos atores de cinema para a TV e da TV para o cinema. Tudo isso começou em 1999,  com a série original da HBO recordista de público da TV paga até hoje, The Sopranos. A premiada série que conta a vida de Tony Soprano, um mafioso ítalo-americano de Nova Jérsei, foi quem abriu o caminho e permitiu que outras séries como Dexter, The Walking Dead e Breaking Bad, fossem criadas.
Breaking Bad é o ícone da mudança das grandes produtoras de TV em tentar prender e criar um vínculo com o telespectador exibindo conteúdo de alta qualidade ao invés de programas vulgares e fúteis.
Essa atitude parece estar funcionando e os canais estão conseguindo criar relações de fidelidade com os telespectadores, ao contrário das produtoras de filmes que não conseguem criar um laço com o público (exceção à Disney). As pessoas esperam pela nova série da AMC ou HBO, mas ninguém fica ansioso pelo novo filme da Paramount.
A série criada por Vince Gilligan conta a história de Walter White (Bryan Cranston), um brilhante químico que por arte do destino acabou virando um humilde professor em uma escola de ensino médio. Ele vê sua vida mudar ao descobrir ser portador de um câncer de pulmão terminal. Desesperado ao perceber que sua família passará por dificuldades financeiras após sua morte, Walter decide fazer o que for necessário para que isso não aconteça, e começa a usar suas habilidades de químico a favor do crime, montando um laboratório de drogas para ganhar dinheiro. Episódio após episódio a trama fica cada vez mais emocionante e emblemática. Breaking Bad teve cinco temporadas com episódios de 50 minutos em média e foi sucesso absoluto ao redor do mundo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RESUMO DA OBRA "VÁRIAS HISTÓRIAS", DE MACHADO DE ASSIS

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de família pobre e mulato, sofreu preconceito, e  perdeu a mãe na infância, sendo criado pela madrasta. Apesar das adversidades, conseguiu se instruir. Em 1856 entrou como aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional. Posteriormente atuou como revisor, colaborou com várias revistas e jornais, e trabalhou como funcionário público. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Algumas de suas obras são Memórias Póstumas de Brás Cubas , Quincas Borba , O Alienista , Helena , Dom Casmurro e Memorial de Aires . Faleceu em 29 de setembro de 1908. Contexto Histórico Várias histórias foi publicado em 1896, fazendo parte do período realista de Machado de Assis. Os contos da obra são profundamente marcados pela análise psicológica das personagens, além da erudição e intertextualidade que transparecem, como por ex., referências à música clássica, a clássicos da literatura, bem c

Pintores Paranaenses

A partir do século XIX, a pintura passou a se desenvolver no Paraná, incentivada por pintores como o imigrante norueguês Alfredo Andersen, e Guido Viaro, o segundo vindo da Itália. Ambos dedicaram-se ao ensino das artes visuais, além de pintarem suas obras inspiradas principalmente nas paisagens e temas do cotidiano paranaense. Responsáveis também pela formação de novas gerações de artistas no estado, como o exemplo de Lange Morretes, Gustavo Kopp e Theodoro de Bona, todos nascidos no Paraná. Alfredo Andersen, apesar de norueguês, viveu muitos anos em Curitiba e Paranaguá, e ainda hoje é tipo como o pai da pintura paranaense. Foi ele o primeiro artista plástico atuar profissionalmente e a incentivar o ensino das artes puras no estado. Ele se envolveu de forma muito intensa com a sociedade paranaense da época em que viveu, registrando sua história e cultura. Rogério Dias, outro grande exemplo, sempre foi autodidata, sua trajetória artística tem sido uma soma de anos de paciente

“Esta terra tem dono!”

Do alto, o Cacique Guairacá observa a cidade. Imortalizado em bronze, junto ao seu lobo, ele vigia os moradores e dá boas vindas aos visitantes. Sem dúvida ele é o símbolo de Guarapuava, que traz suas raízes indígenas estampadas até no nome. Uma das vertentes históricas, afirma que o Cacique Guairacá, viveu por estas terras em meados do século XVII. Nessa época, o tratado de Tordesilhas dividia a América do Sul ao meio (ou nem tanto) e Guarapuava se situava em terras espanholas. E como toda grande colonização desta época, havia a opressão indígena – seja a escravização por armas ou pela catequização, tiveram sua cultura esmagada pelo cristianismo europeu.  E também como no Brasil inteiro, houve resistência por parte dos índios. Mas ao contrário do resto da América, aqui tinha o Cacique Guairacá, que complicou muito a vida dos colonizadores.  Armado com lanças e arco e flecha, ele comandou embates aos berros de “CO IVI OGUERECO YARA!” (ou “Esta terra tem dono”). E o