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Você já fugiu do óbvio hoje?

        Há algum tempo um jornal de Londres publicou uma pesquisa apontando que apreciar filmes “B” ou “trash”, está ligado a ter uma mente brilhante, o que não causa espanto sendo que o que caracteriza um filme trash, é, acima de tudo o baixo orçamento, e nos últimos anos cada vez mais filmes independentes estão ganhando espaço, inclusive nas premiações do Oscar, sendo assim, um filme bom não precisa ser uma super produção, ainda que nem todos se encaixem na categoria “B”, o orçamento reduzido da margem para que a produção seja mais criativa, fazendo o telespectador dar atenção a outros elementos que compõem a obra.
         Mentes brilhantes por sua vez, são pessoas normais que por algum motivo conseguiram ver algo que ninguém mais via. Muitas invenções da humanidade, se analisadas, podem parecer obvias, mas não eram usadas até que alguém criá-las. O brilho de uma mente não está em nascer com um super cérebro, mas em ampliar a capacidade de captar a essência de exatamente tudo aquilo que temos contato, passar por cima das primeiras impressões e se permitir experimentar a possibilidade daquilo que é tido como “bom” ser encontrado em coisas mais simples do que se podia imaginar.
       Ninguém precisa gostar de filmes “trash” para provar sua capacidade intelectual, porem, sentar em frente à TV, toda noite, para ver o que vai acontecer na novela que provavelmente tem uma historia bastante parecida, para não dizer idêntica, à que foi exibida antes, não parece acrescentar muito. Isso não se trata de regrar gostos ou praticas, mas sim de incitar em cada um a fuga do óbvio, fugir daquilo que é “mais do mesmo” é essencial, para que se possa captar não apenas coisas novas, mas de fato o brilho daquilo que é consumido.


Angelo Crystovam

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