Pular para o conteúdo principal


Qual o  preço para ser feliz?

A sociedade exige um padrão de comportamento que nem sempre estamos dispostos a seguir. Todo mundo tem sonhos, e para realizá-los, às vezes,  temos que quebrar as convenções da comunidade na qual estamos inseridos. Aí surge a dúvida, quebrá-las e seguir em frente ou deixar que as tradições engessem nossos atos e façam com que nos tornemos figuras opacas e infelizes.
                Muitos têm sonhos que parecem inalcançáveis para a maioria das pessoas. Mas, quando se quer muito a força brota de dentro. Sentimos uma alegria espontânea que nos acompanha durante todo o dia. Mesmo diante das dificuldades,  não esmorecemos e somos capazes de transpor todas as barreiras para conseguir chegar ao nosso objetivo. Quando nessa caminhada ainda contamos com amigos e entes queridos que nos apoiam, não há o que nos impeça de chegar lá.  Sentimos-nos capazes, felizes por saber que estamos batalhando por algo.
A busca pela realização do sonho, porém pode carregar consigo uma carga muito grande para quem esta a nossa volta. Tanto financeira quanto psicologicamente, os que nos rodeiam podem estar sendo afetados pelo nosso egoísmo. É necessário que nos demos conta disso.
Então como lidar com essa realidade? Desistir para não ferir outrem? Moldar-se às convenções da sociedade? Deixar de querer para não magoar quem nos quer bem?
Todas essas dúvidas nos levam a refletir. Podemos realmente deixar que a razão fale mais alto do que a emoção. Será que  não estaríamos esquartejando nossa felicidade em função de outra? Quem esta muito perto de nós, realmente quer isso? Ou será que há um equilíbrio possível? Deveríamos mudar totalmente nossas estratégias? Será que deveríamos jogar tudo para o alto e recomeçar de outra forma?
Há pessoas que vem com um pacote pronto de “felicidade” ditando o que a sociedade espera de nós para que possamos viver sem conflitos. Nesse processo, voluntário ou involuntariamente, menosprezam nossos sentimentos, ignoram nossa realidade, nos humilham, provocam sentimentos de baixa estima. Literalmente nos deixam no chão. A verdade deles é absoluta? Que mal há em querer ser diferente? Será que temos que ser condenados por quebrar regras? Não podemos ser autênticos?
É nessa hora que sabemos quem realmente nos quer bem. Quem nos admira e nos da valor. Percebemos que essas pessoas mesmo sem saber exatamente o que dizer ou o que fazer, apoiam- nos , estão ao nosso lado. Mesmo quieto, mesmo ás vezes discordando de nossas atitudes, mesmo sem conselho pronto, mesmo sem palavras feitas estudadas pela psicologia para torcer e impressionar.
 São exatamente essas pessoas que merecem de nos todo carinho e  respeito. E por elas, somente por elas, deveríamos pesar os prós e os contras de nossas atitudes, equilibrando os anseios e agir de forma coerente.

KMD

Comentários

  1. Parabéns pelo texto. Realmente às vezes nos esquecemos do que é essencial e pagamos um preço caro nos afastando de quem amamos e até de nós mesmos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

RESUMO DA OBRA "VÁRIAS HISTÓRIAS", DE MACHADO DE ASSIS

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de família pobre e mulato, sofreu preconceito, e  perdeu a mãe na infância, sendo criado pela madrasta. Apesar das adversidades, conseguiu se instruir. Em 1856 entrou como aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional. Posteriormente atuou como revisor, colaborou com várias revistas e jornais, e trabalhou como funcionário público. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Algumas de suas obras são Memórias Póstumas de Brás Cubas , Quincas Borba , O Alienista , Helena , Dom Casmurro e Memorial de Aires . Faleceu em 29 de setembro de 1908. Contexto Histórico Várias histórias foi publicado em 1896, fazendo parte do período realista de Machado de Assis. Os contos da obra são profundamente marcados pela análise psicológica das personagens, além da erudição e intertextualidade que transparecem, como por ex., referências à música clássica, a clássicos da literatura, bem c

Pintores Paranaenses

A partir do século XIX, a pintura passou a se desenvolver no Paraná, incentivada por pintores como o imigrante norueguês Alfredo Andersen, e Guido Viaro, o segundo vindo da Itália. Ambos dedicaram-se ao ensino das artes visuais, além de pintarem suas obras inspiradas principalmente nas paisagens e temas do cotidiano paranaense. Responsáveis também pela formação de novas gerações de artistas no estado, como o exemplo de Lange Morretes, Gustavo Kopp e Theodoro de Bona, todos nascidos no Paraná. Alfredo Andersen, apesar de norueguês, viveu muitos anos em Curitiba e Paranaguá, e ainda hoje é tipo como o pai da pintura paranaense. Foi ele o primeiro artista plástico atuar profissionalmente e a incentivar o ensino das artes puras no estado. Ele se envolveu de forma muito intensa com a sociedade paranaense da época em que viveu, registrando sua história e cultura. Rogério Dias, outro grande exemplo, sempre foi autodidata, sua trajetória artística tem sido uma soma de anos de paciente

Falando "guarapuavês"

Como boa nortista do Paraná, não pude deixar de reparar nas expressões guarapuavanas, que até então eu não ouvia na minha região. No começo, eu estranhava o jeito que o pessoal fala por aqui, e até hoje rio de algumas palavras que eles usam para se expressar. O curioso é observar como nós absorvemos com facilidade outras culturas quando passamos algum tempo inseridos nelas. Estou em Guarapuava há quase dois anos, e a única coisa que falta para eu me inserir de vez na cultura daqui é pronunciar as palavras com terminação “e” e “o” da mesma forma como nós a escrevemos (leitE, gentE, quandO). Eu escolhi algumas expressões (e seus significados) que, a meu ver, são os mais usados nas conversas guarapuavanas. Abaixo seguem essas expressões, e alguns exemplos de como o pessoal as usa entre uma frase e outra. Se você, como eu, não é de Guarapuava, com certeza já reparou que o pessoal fala assim o tempo todo. Se ainda não conhece Guarapuava mas pretende vir pra cá um dia, é interessan